sexta-feira, 20 de junho de 2008

O CENÁRIO PARA VIVER SEUS SONHOS

S E R E N I D A D E

Cenário para viver o meu sonho!!!!!





Eu quero brincar de gostar de você

Eu quero brincar de gostar de você
Absolver efeitos, defeitos, reflexos
E transformar em suco de tudo cada sensação
Cada pensamento, transar a emoção do imediato coração
Coração revelado ampliados na rua
Quando te vejo: fotogramas do meu coração revelados
Eu te amo rindo apaixonado, corpo capturado
Eu te amo, eu te amo, eu te amo.

AS MARAVILHAS DO MUNDO













EU ESTOU SEMPRE AQUI.

Eu estou sempre aqui, olhando pela janela. Não vejo arranhões no céu nem discos voadores.
Os céus estão explorados mas vazios. Existe um biombo de ossos perto daqui. Eu acho que estou meio sangrando. Eu já sei, não precisa me dizer. Eu sou um fragmento gótico. Eu sou um castelo projetado. Eu sou um slide no meio do deserto. Eu sempre quis ser isso mesmo. Uma adolescente nua, que nunca viu discos voadores, e que acaba capturada por um trovador de fala cinematográfica. Eu sempre quis isso mesmo: armar hieróglifos com pedaços de tudo, restos de filmes, gestos de rua, gravações de rádio, fragmentos de tv.
Mas eu sei que os meus lábios são transmutação de alguma coisa planetária. Quando eu beijo eu improviso mundos molhados. Aciono gametas guardados. Eu sou a transmutação de alguma coisa eletrônica. Uma notícia de saturno esquecida, uma pulseira de temperaturas, um manequim mutilado, uma odalisca andróide que tinha uma grande dor, que improvisou com restos de cinema e com seu amor, um disco voador.

Imitação da Vida





A MÚSICA

A música ela me transmite hoje sensações como nunca senti antes.
Ela me libera de mim mesma.
Ela me separa de mim mesma
Como se eu me olhasse
Como se eu me percebesse de muito longe
Ao mesmo tempo ela me fortalece
E sempre após uma noite musical
A minha manhã transborda de idéias e pensamentos corajosos.
É como se eu estivesse mergulhada no elemento mais natural
A vida sem a música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa no exílio.




Era um sonho dantesco...tombadilho
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, levantando às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
chora e dança ali

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, oxossa do monte,
... Adeus, palmeira da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
se é loucura, se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
de tuas vagas, Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
Existe um povo que a bandeira empresta
Pra cobrir tanta infâmia e covardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!